sábado, 15 de janeiro de 2011

Hasta la vista baby

     Nesse quase um mês de postagens, prometi a mim mesmo que meu humlide blog não seria uma autobiografia, onde falaria da minha vida, do meu cotidiano, Porém, como já fugi a essa regra mais de uma vez, quebrá-la-ei novamente. Sem mais delongas, estou de férias da universidade e todos sabem que esse é um momento “relax”, onde, por exemplo, dormimos tarde e acordamos na hora do almoço. Nesse período, internet é a “nossa” maior ocupação, mas quando o barulhinho do MSN nos enjoa, não suportamos mais os recados coletivos do Orkut e nem conseguimos mais traduzir para o português os tópicos do Twiter, aí sim, iremos procurar algo útil a fazer: ler livros, organizar o guarda roupa, e no meu caso, “tomar vacinas atrasadas”. Sim meus caros colegas, nesta quinta-feira, fui me prevenir contra o tétano, ou melhor, remediar, pois essa vacina era pra ser tomada há quatro anos e toda essa demora quase me custou um dedo graças a um corte.
    Quem conhece minha mãe sabe que uma de suas qualidades é a sinceridade e por estar, neste dia, momentaneamente desocupado, ela me animou a ir ao posto de saúde com as seguintes palavras: MOISÉS, AGORA VOCÉ QUER PERDE A MÃO É? VÁ TOMAR A BENDITA VACINA MEU FILHO. Quem não se entusiasmaria com essas belas palavras? Pois elas invadiram meu ser. Encorajou-me. Faria-me enfrentar agulhas de qualquer tamanho e espessura, apesar de não ter medo de agulha. Então, lá fui eu, pensando com os meus botões: QUE DESCULPA DAREI A ENFERMEIRA? AFINAL, SÃO QUATROS ANOS DE ATRASO. Enfim, quando dei por mim já estava na sala de aplicações e como não sei mentir, o jeito foi justificar a previsível pergunta de toda essa demora com: MOÇA, É QUE EU ESQUECI. Imediatamente ela fitou seus olhos nos meus, sorriu e disse: PELO MENOS VOCÊ VEIO QUERIDO. Essas palavras foram como uma anestesia, que me deixou insensível aos latejos da antitetânica. Com toda sinceridade, eu esperava um sermão do tipo: VOCÊ É DOIDO MEU FILHO, QUER MORRER DE UM TÉTANO É? Mais não, aquela simpaticíssima moça entendeu que eu, como todo brasileiro nato, deixo tudo para a última hora.
  Por fim, me imunizei e a próxima dose ficou marcada para janeiro de 2021. Se me perguntarem se eu estarei lá daqui a dez anos, responderei com as mesmas palavras que dei áquela moça quando nos despedimos: SIM, EU VOLTAREI.

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