Tanto
tempo sem escrever, distante do lugar quem um dia foi meu refúgio, um abrigo
onde turbulências viraram contos, estórias do cotidiano viraram fábulas,
alegrias transformaram-se em narrações com poucas palavras as quais traduziam a
minha visão, a minha ótica sobre o mundo. Nunca fui um Expert das
letras, um notório tradutor de sentimentos, mas quando resolvi
brincar com as palavras, foi só uma brincadeira que como qualquer outra faz o
tempo passar em quanto a roda gigante da vida nos leva pra cima e pra baixo.
Mas tanto tempo longe do meu divertimento não significa que as
emoções, os sentimentos se estabilizaram, não eles continuam e em turbilhão como em todo ser vivo, mas as obrigações do cotidiano só me distanciaram dessas
poucas palavras e como já eram poucas agora tornaram-se “ultrapassadas”,
mas eu voltei, não sei se pra ficar e jogar todos os dias em você, meu
humilde blog, os meus estados de espírito os quais afloram na pele e que
são anestesiados apenas pela sua existência. Sabe por quê talvez não
diariamente? Descobri que meu barco é a remo e que não estou sozinho. Outrora, às
vezes quando cansado, corria pra ti para que me tornasse grande diante das
altas ondas que em muito temia, mas agora de forma inesperada não estou remando
só, por hora me sinto mais forte, compartilho alegrias, tristezas, divido
forças para que o barco supere tudo e chegue ao porto desejado. Quando não
estiver por aqui, estou por lá, mas do lado lá, a vista é bonita, mais bonita,
e a maré é boa de provar. Lá falo, escuto e descubro aos poucos os segredos
para ser escandalosamente Feliz! Pois é, eu voltei, novamente, mas agora
compartilhando, compartilhado.
Especialmente
para Raylane Cambuí