terça-feira, 27 de setembro de 2011

Que mundo é esse?‏ - Por Suzane Veríssimo

Suzane Veríssimo dando mais uma vez o ar de sua graça;

Que mundo é esse?
Em que não podemos ficar ao sol sem risco de pegar um câncer de pele, devido ao aquecimento global;
Em que o céu deixou de ser azul para refletir as cinzas da poluição e o oxigênio é a substância que menos se encontra no ar;
A chuva ao invés de água, passa a ser ácido em líquido;
Os mares, rios e lagos viraram destino de esgoto;
Os  animais vivem em gaiolas e os humanos também: uns na cadeia e outros  trancafiados em suas casas com medo dos que estão fora dela;
Os frutos e verduras são obrigados a amadurecer;
O trabalho é mais importante que a família;
O contato com máquinas é preferível ao humano;
A solidariedade é desviada de seus verdadeiros fins para alimentar a vingança: eu e você somos amigos e, por isso, vamos nos vingar daquele que não é;
Álcool e drogas são preferíveis à sobriedade;
Paixão, violenta e racional, é preferível ao verdadeiro amor;
Mortes superam nascimentos;
Divórcios superam casamentos;
O medo e a desconfiança prevalecem;
Quem é rico tem vez, quem é pobre vai pro xadrez;
Móveis e equipamentos devem ser trocados anualmente sob pena de ficarem ultrapassados, as pessoas também....;
Ver TV é preferível a viver;
Falar, falamos, mas exemplos não damos. Nossa máxima se resume em: “Faça o que digo e não o que faço”;
Quem nos fala a verdade outrora era sincero e amigo, agora é chato e inconveniente que “não se enxerga”;
Bom é aquele que os fala o queremos ouvir, não importa se é mentira;
Honestidade é uma palavra que nossos bisavós utilizavam, nunca descobri ao certo seu significado;
Algumas pessoas querem proibir as outras de acreditarem que após essa, há uma vida melhor. A descrença prevalece em relação a fé;
E ainda há quem não acredite que o mundo vai acabar com fogo. Não será mais preciso esperar milhares de anos para que o sol caia na terra. Antes disso, a queimaremos com as chamas da nossa ignorância.
Palavras de uma simples garota que sozinha não pode mudar nada, mas se cada um de nós fizermos um pouquinho que seja, sou otimista em acreditar que podemos ajudar a, pelo menos, não piorar a situação. Porque do jeito que vai, não é preciso dizer que está muito ruim....
Obrigada pela paciência de lerem até o final.
Suzane Veríssimo de Melo

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