O ônibus já foi palco de algumas istórias minhas. Contos inspirados em fatos ocorridos no balançar do real-arapiraca que sempre leva e trás passageiros protagonistas de fatos cômicos, tornando a viagem menos cansativa e mais agradável. Então vamos ao fato...
Ontem, após quarenta minutos de espera no ponto de ônibus da UFAL, avistei de longe a chegada do Craíbas via-ufal, nem imaginara que esse companheiro de indas e vindas inspirar-me-ia em mais um conto. Após a sua parada em frente ao ponto, eu e alguns alunos que o esperava hesitamos em embracar pois a quantidade de passageiros extrapolava o número de assentos, traduzindo-"o buzaum tava cheio até as tampas"- Uns preferiram esperar o próximo, eu já estava impaciente com a espera de quase uma hora, então resolvi enfrentar o espaço com maior concentração humana por metros quadrados de Arapiraca.
Após muitos "com lincença" e inúmeras "desculpas minha senhora", cheguei a parte da frente do ônibus e sem escolha, fiquei em pé no corredor e já notei um senhor proseando com alguns pessoas as quais focavam toda a sua atenção e olhares em suas palavras. À principio não dei muita atenção a sua conversa mas fiquei intrigado e curioso quando uma senhora perguntou o que esse sujeito fazia da vida e ele respondeu de boca cheia: "Eu sou do Bope, a Força Nacional Alagoana". Na hora eu olhei para trás, e avistei o dono daquelas contraditórias palavras, era um senhor com cerca de secenta anos, cabelos grisalhos, rosto redondo com poucas rugas, roupas esportivas, enfim ele não fazia o tipo de um oficial do Bope, e nem da Força nacional.
Mas não parou por aí, após a pergunta sobre qual era a sua ocupação, ele resolveu especificar qual era sua função no Bope e relatar algumas das suas missões no decorrer da sua carreira militar. E ele falou:
-Esses dias fui "pra" Campo Alegre (Cidade próxima à Arapiraca), o delegado de lá "chamou nois". Tinha uns pessoal lá que "tava" de greve e resolveram queimar pneu na "bera" da estrada, "Pia" vê se tem cabimento!!. E ele continou:
- Pra quem não sabe, o Bope ( A Força Nacional Alagoana), é especialista nessas coisas sabe, greve, pneu queimado na "bera" da pista. Aí quando cheguei lá com a minha roupa preta meu capacete, e com meu Ray-ban, tinha uns caboco lá tocando fogo e gritando: Greve, Geve!- Nessa hora metade da patéia que o dava atenção, já sabia que ele não tinha as faculdades mentais normais, era um maluco, maluco do bem que só causará risos até o momento, mas havia aqueles que davam total crédito a ele e achavam mesmo que ele era um oficial andando de ônibus contando algumas de suas ocorrências da sua vida no Bope (A Força Nacional Alagoana).
E ele continuou:
- Quando eu avistei aqueles macho impatando os carros de ir "pra" maceio, não contei istória, corri, peguei aqueles "cabocos", dei uns três tapas naqueles "preseperos", e mandei tudinho apagar com a mão aqueles pneus que tava pegando fogo. Uns nao queria apagar, mas eu desci o cacete naqueles "Caba", Ah!, apagaram rapidinho e os carros "foro simbora".
Nesse momento eu, discretamente me preparava para descer no meu ponto, me quebrando de tanto rir, outros mais controlados maneavam a cabeça com sorrisinho no canto da boca, sentindo uma certa pena desse contador com uma imaginação super fétil, mas tinha aqueles fiéis expectadores que acreditavam em toda aquele istória, sentindo-se honrandos pelo fato de estarem sentandos ao lado de um Oficial do Bope ( A Força Nacional Alagoana)
Mas ao descer eu pensei: Será que aquele sujeito era um militar do Bope ( A Força Nacional Alagoana) a paisana que estava alí investigando uma ameaça de greve e o maluco da istória sou eu? Pois é, e fica o alerta, se você, profissional, não está satisfeito com o seu sálario, a sua de jornada de trabalho parece que não tem fim, e sua categoria está a fim de entra em greve, pense bem, porque o Bope ( A Força Nacional Alagoana) está aí, e você com certeza vai pedi pra sair.
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